Construir e desconstruir
“Sei que as vezes uso palavras repetidas, mas quais são as palavras que nunca são ditas.” Já dizia Renato Russo e essa frase diz muito sobre o que vamos falar no episódio de hoje. Sobre a repetição de padrões.
Por mais que a gente ache que isso não faz sentido, que estamos criando e somos originais, infelizmente estamos enganados. Apenas continuamos a seguir padrões, e sem perceber. Estamos alienados e não estamos percebendo. Na verdade vivemos assim por bilhares de anos, mas muita gente já está despertando e questionando tudo. O que comem, como vivem, com o que gastam, Deus, a igreja católica, a história, as frases de preconceitos colocadas como normal em nossa sociedade, etc.
Mas durante muito tempo abaixamos nossas cabeças para o sistema porque podíamos ser mortos. E o medo fez parte de nossas escolhas durante tantos bilhões de anos. Mas, continua nos comandando ainda sem percebermos. E nos culpamos por isso, nos sentimos piores. Por isso o autoconhecimento é tão importante e liberta. Porque você entende que muitas coisas que você se culpa não são problemas seus apenas, e sim de uma sociedade, cultura. E isso aprendi em terapia quando eu chegava com uma questão, e minha psicóloga logo vinha me dizendo: -Isso não é um problema teu. Você não está sozinha nessa. É cultural.
Infelizmente nós ainda não somos livres. Somos produtos de um poder, de um planejamento da mídia. A roupa que eu uso veio de um filme que assisti. As comidas que eu como, vieram da um comercial que assisti.
Existe uma ilusão em querermos ser originais. Quem quer ser original e diferente e derrubar o sistema na verdade é o ego. O que precisamos é despertar e entender o que aconteceu durante bilhões de anos, e ver tudo o que reflete em nosso viver hoje, em como a gente come, se comunica, no que acreditamos, e em tudo o que faz parte da vida. E nos unirmos. Não temos que nos preocupar em ficarmos famosos ou em sermos originais, pioneiros em algo. Não estamos aqui para isso, e sim para fazermos parte da evolução. Mas, evoluir não tem a ver com crescer sozinho e se tornar um líder original com seus seguidores. Evoluir tem a ver com não mais precisar fazer parte de grupos pra pertencer. Somos todos um, já pertencemos, e fazemos todos parte de um grupo só.
Até aqui apenas fomos máquinas de reproduções, reproduzindo tudo o que já fizeram um dia. E isso só aconteceu porque poucos de nós se questionaram com amor. Os poucos que se questionaram, fizeram com rebeldia, e isso nos afasta. Temos que lutar pelo fim do preconceito sim, mas com amor e não com rebeldia. Levantar bandeira com ódio só te aproxima da dor que te fez levantar a bandeira. Você está levantando bandeira porque não admite o ódio de quem tem preconceito, mas qual a diferença do teu ódio? Temos que entregar amor a quem nos dá ódio e não desejar o mal, senão estaremos sim no mesmo barco, e nunca sairemos desse ciclo de infelicidade.
Tudo até hoje foi repetição. O criador inicial não existe mais, mas mora em nós, em nossas escolhas, padrões e medos. Mas quem se questiona trás inovação, mesmo que ainda seja dentro de um determinado padrão. Nós não somos livres ainda. Seguimos padrões mesmo sem perceber
Não dá pra construir felicidade sem aprendermos sobre a construção de tudo o que é, ou de uma pequena parte. Chegar na raiz pra entender o meio, para gerar os frutos que você quer realmente se alimentar. Se você não chega na raiz, não entende o meio, e se alimenta do que já está acostumado e nem tem mais prazer, mas simplesmente continua plantando/colhendo o que você já está acostumado. E como mata a fome, então vai deixando pra lá mas continuando a viver dentro dos mesmos padrões.
Não dá mais para ignorar algumas coisas. Não podemos mais continuar alienados. E as mídias populares faz com que isso aconteça cada vez mais. Não dá para ignorar o fato de que muitas doenças vem do fato de nos alimentarmos mal, de comidas industrializadas por exemplo que estão expostas na mídia. Não dá pra ignorar que a mídia faz isso com a gente desde que somos crianças, que é pra introduzir mesmo um hábito ruim, pra mais tarde ficarmos doentes e precisarmos da farmácia, que nos deixará ainda mais doentes e dependentes. Dependentes de que? De um sistema que precisa de nós.
A gente alimenta eles. E, eles se alimentam de nós. Dos nossos medos, da nossa má alimentação, do nosso sedentarismo. Mas, podemos mudar isso, despertando, questionando e cuidando mais de nós, nos tornando pessoas mais saudáveis. Não dando audiência para o que não concordamos. É preciso ser forte, mas a longo prazo vai valer muito a pena, muito mais do se você continuar a viver o que acha mais fácil hoje. Enquanto ficamos doentes, estamos dando os nossos dinheiros a eles.
Estamos alienados a vários discursos de pessoas que seguimos. Mas, o que você acredita? Se você não busca conhecimento, fica ignorante, e aí acredita em qualquer ideologia de outras pessoas. A gente se condicionou tanto a buscar a liberdade que acabamos ficando cada vez mais presos. Já parou para pensar nisso?
Quando você depende de algo, não é livre. Quando você segue padrões ou vive uma vida que não gostaria, você também não é livre. Quando você está doente, também não é livre. Mas, quando você desperta finalmente se torna livre. Infelizmente o despertar não é um mar de rosas. É uma caminhada, um processo muito bonito parecido com o desabrochar de uma flor, com o nascer de um dia, com a transformação de lagarta pra borboleta.
Conhecimento liberta, e se você o pratica, se considere livre de verdade. O conhecimento tira as suas vendas. Você começa a enxergar o que não podia ver antes. Mas o que te fará livre de verdade, é se você viver no dia a dia o que você acredita, na prática. Se questionar é o primeiro passo, mas não basta. Você vai precisar agir. Mas não se sinta ansioso. Você não precisa ter pressa. Você não precisa competir com ninguém. Você só precisa seguir o seu caminho.
Desde pequenos somos ensinados a construir. O construir está presente nos legos por exemplo. Nas letras, que formam sílabas, palavras e frases. E dentro do construir moram infinitas possibilidades. Construimos com o que mora dentro de nós. E o que mora dentro de nós é um resultado de N fatores. Condições externas, sociais e culturais, ancestrais até, o que foi nos transmitido quando morávamos ainda com nossos pais, e não apenas o que eles nos ensinavam com as palavras. O que eles nos mostravam principalmente foi o que ficou mais forte dentro de nós. Os exemplos são muito mais fortes do que as próprias palavras.
Somos o resultado do que aprendemos em casa, na escola, com os amigos, na faculdade, nos grupos ao qual pertencemos durante toda a nossa vida, e também do tempo em que ficamos na barriga de nossas mães e tudo o que ela sentiu enquanto estávamos lá dentro, hoje também nos molda. A nossa genética e o nosso DNA nos molda, o espiritual e tudo o que aconteceu com nós em outras vidas. O que nós somos é um resultado de tudo o que vimos, ouvimos e sentimos durante essa vida e muitas outras. O que somos é a nossa identidade.
E com tudo isso que adquirimos de experiências, nós vamos nos construindo e a partir do que somos, nascem várias ramificações. E cada um desses galhos que saem de nós é algo que fala sobre as nossas experiências. Tem o galho que representa as nossas crenças. O galho que representa como nos sentimos diante do mundo em que vivemos. O galho que representa quem somos aos nossos olhos, como enxergamos o mundo. O galho que representa quais são os nossos maiores sonhos, medos.
E, é doido pensar que até do que a gente tem medo vem de experiências que vivemos, ou seja podemos desconstruir o tempo todo, e fazemos isso todos os dias. Estamos o tempo todo construindo e desconstruindo. E esse é um jeito muito bonito de se enxergar/ viver a vida. Podemos ressignificar todos os dias, todas as nossas experiências, e quanto mais a gente faz isso, mais vamos desconstruindo o que não nos é mais útil e produtivo, e construindo a partir de idéias mais saudáveis.
Quando somos mais novos, registramos muitas coisas, mas ainda não temos maturidade suficiente para interpretar as situações. O que acontece é que as experiências em nossa infância, e adolescência são tão intensas, que acabamos levando as para a nossa vida toda, e se não nos questionarmos na fase adulta, e fizermos esse trabalho de autoconhecimento e ressignificação do que nos aconteceu, continuaremos a alimentar crenças limitadoras e as consequências são medo, ansiedade, paralisação e procrastinação.
Por isso é tão importante voltarmos a essência, que vai além de olharmos somente para a nossa infância. Se formos cada vez mais além, ultrapassaremos a infância, e chegaremos dentro do útero de nossas mães, e finalmente o espiritual. Existem tantas formas de se fazer isso, e uma delas é observando como somos hoje, nossos comportamentos, sentimentos e pensamentos. Como reagimos quando sentimos raiva?
O que temos construído? Quem são as pessoas da minha vida? Elas me fazem bem ? Eu estou feliz? Trabalho com o que realmente gosto?
Sempre ouvi a importância de chegarmos na raiz do problema, e de desconstruírmos nossas crenças para chegarmos no início, porque se chegarmos no início de tudo, encontraremos a cura. Eu concordava com isso e consegui chegar muitas vezes em situações em que eu nomeava com a raiz do problema, mas como eu poderia ter certeza de que o meu medo de dirigir pode ter começado ali quando meu pai me criticou na primeira vez que peguei o carro, e em seguida elogiou o meu melhor amigo?
Mais tarde entendi que meu não elogiava o meu melhor amigo porque ele era melhor do que eu, e sim por questões dele muito sérias e que não veem ao caso agora. Quase nunca é sobre a gente, né? Mas, a criança entende que é tudo sobre ela. Por isso a importância de crescermos e ressignificarmos.
Ressignificar é um processo que podemos fazer por nós mesmos. É se auto responsabilizar e se automotivar. Nós precisamos ser os nossos maiores motivadores. Isso é maravilhoso, e não depender de nada externo para se sentir motivado. Porque por mais que algo externo te motive, dura pouco, e então você volta para a vida real, para o estado natural. Mas, quando você aprende a se motivar, as coisas ficam bem mais fáceis.
E a resposta que encontrei é que não preciso ter certeza de onde está a raiz dos meus problemas. Tá tudo bem não chegar no início de tudo. Existem muitas formas de cura, e chegando no início e na raiz pode até ser uma delas, mas ninguém nunca saberá se realmente chegou ou não. Então fique tranquilo, pois enquanto você está caminhando e cuidando de você, as portas vão se abrindo e as curas vai acontecendo. O que você não pode é ficar parado, pois tudo é energia, e energia sempre está em movimento.
A vida não é somente o que a gente vê. Existem moléculas, partículas minúsculas e vida acontecendo entre nós, e dentro de nós, e uma das curas por exemplo é experimentar conversar com si mesmo, com suas células, com suas partes íntimas, com tudo o que mora em você. E porque estou falando isso?
Porque é como se fôssemos um fio de luzinhas de Natal. Você tá preocupado em acender todas as luzinhas. Cada uma dessas luzinhas representa uma coisa. Relacionamento, alimentação, família, sonhos, crenças, prazer, flow, medos, etc. Quando você quer resolver tudo, não resolve nada. Mas quando você foca, tudo se resolve automaticamente. É um processo lindo.
Quando você se conecta, quando conecta o seu fio, todas as luzinhas se acendem. Mas, quando você esta desconectado, todas as luzinhas ficam apagadas. Se você foca por exemplo em focar e cuidar de seu relacionamento, automaticamente tantas portas se abrem. É como se no galho do relacionamento, nascessem novas ramificações e até frutos. Observe uma árvore que você vai entender o que estou dizendo. As folhas caindo são o nosso desconstruir. E as que nascem, o nosso construir. E de cada raminho, infinitas possibilidades.
E de repente, você focando em cuidar de seu relacionamento, você está se tornando cada vez uma pessoa mais feliz com você mesmo, e perdendo medos que nunca imaginou perder. Você só precisa escolher um foco, e desse foco ( desse galho), muitas portas se abrirão. Até portas que você nunca imaginou que se abririam. Você vai se abrir portas.
Todos seguimos padrões. Repetimos padrões todos os dias. Mesmo sem nos darmos conta. E o que isso significa?
Imitamos, mesmo quando achamos que estamos criando algo. Mesmo quando estamos olhando pra dentro, ainda assim estamos imitando e seguindo padrões, vivendo o que já viveram, o que vimos ser vivido ou o que está dentro de nosso DNA, genética, ou até o que mora em nós espiritualmente falando. É muito mais forte do que podemos imaginar. Nada se cria por aqui.
A gente se ilude achando que estamos compondo algo, ou escrevendo, criando algo. Mas, no fundo é por ego que a gente assina o nosso nome, por pertencimento, pra nos sentirmos importantes e sermos aceitos. Mas, todos nós já pertencemos, somente de estarmos aqui, somente por existirmos. Nada é de ninguém. E ao mesmo tempo, tudo o que existe é nosso enquanto estamos aqui, mas quando formos embora não levaremos nada. O planeta é a nossa casa.
É a nossa união que faz o funcionamento de tudo o que existe. Se a comida chega até nos, olha quanta gente trabalhando por trás para que a comida chegue até nós. Precisa de todo mundo para que tudo continue funcionando.
A gente tem uma idéia do que é certo em nossas vidas, e aí vivemos de acordo com essas idéias, que no fundo outras pessoas criaram, por limitações, medos, ou até por segurança demais. Nós nunca saberemos. Então vamos aprender a desconstruir.
Se questione agora mesmo se o que você faz é porque realmente gosta e quer, ou porque simplesmente já se acostumou e está condicionado a fazer. Porque acreditou que era o certo a se fazer. Ou porque você viu pessoas fazendo, ou te disseram que era o que precisava ser feito.
Sempre que eu ía para minha cidade, visitar a minha família, eu simplesmente fazia as mesmas coisas. Por costume, condicionamento. Nunca parei para me perguntar se eu queria fazer o que estava marcando com outras pessoas de fazerem. E um dia, em sessão de terapia, fui questionada com a seguinte pergunta:
- Quantas vezes você sente que a vida é bela?
E eu percebi que muito pouco eu parava para sentir. Na correria, não tinha muito espaço pro sentir.
Então vamos aprender a desconstruir.
Porque nessa busca por felicidade a gente se perdeu. Sabe o que mora nessa busca?
O sofrimento.
Porque se você busca, sente que não tem, que não é o suficiente. A felicidade não está nessa busca. Quem está é o sofrimento, a ansiedade, a ilusão. A felicidade está em sentir agora, nesse exato momento que tudo o que você é e tem já é o suficiente. Você curte o que você tem? Você aproveita?
Voce quis tanto um filho, e agora ele está aí. Vocie passa tempo de qualidade com ele, e nem percebe a hora passando ou fica se torturando com pensamentos do tipo:
- puts, eu preciso pagar aquela conta. Preciso entregar aquele trabalho. Preciso lavar roupa. Nossa, não fiz comida ainda.
Tudo isso precisa realmente ser feito, mas enquanto você está com seu filho, esteja. Porque a felicidade você só vai sentir se estiver presente. Nessa busca de encontrar a melhor versão, de evoluir todos os dias, a gente entrega que não gosta de quem a gente é. É claro que você pode querer se tornar alguém melhor todos os dias, mas saia dessa pira. Você já é alguém incrível, e precisa apreciar isso. É aí que a felicidade está! Talvez a pessoa que você esteja buscando ser para ser feliz, já está dentro de você e só precisa de um momento e aceitação para sentir que já é suficiente.
Na busca para ser a nossa melhor versão, a gente tá dizendo pra gente mesmo, que não somos o suficiente, e nessa busca mora o sofrimento muitas vezes. A sua melhor versão não tem um ponto final então curte quem você é hoje.
E vamos aprendendo a desconstruir as idéias que construímos um dia. É assim que construímos uma vida nova. Nós vivemos por um tempo essa vida até que chega um momento que se torna insuficiente. Até parece que somos eternos insatisfeitos. Tem o lado bom de estarmos sempre vivendo novos ares, mas o lado ruim de não nos sentirmos felizes nunca. Nada nunca é suficiente. Nós sempre queremos mais. E talvez isso seja da natureza humana. É bonito por um lado, e angustiante por outro. Mas, esqueça por um momento o que estou dizendo, não que seja possível porque eu já disse e tudo agora está em você. (risos) Mas se pergunte se você vê a beleza do construir e desconstruir ou se sente angustiado com isso?
Voce constrói um relacionamento, uma casa, filhos, cachorros, piscina, carro, anos de experiências, e de repente tudo aquilo começa a não mais fazer sentido ou não mais te preencher. E por que? Simplesmente porque nos acostumamos. Por isso a importância de entendermos. Porque talvez não tenha deixado de fazer sentido. O que pode ter acontecido é que apenas você se acostumou. E aí se vê desconstruindo toda uma vida, e construindo uma outra. E mais tarde, de novo se sente insatisfeito. E a história apenas se repete com personagens diferentes.
Em tudo tem beleza, mas estamos no século da ansiedade e depressão. E acho que o construir, desconstruir e os padrões que a gente vem repetindo a séculos precisam definitivamente ser quebrados. Enquanto não questionarmos e continuarmos a viver como sempre vivemos, da forma que vivemos, continuaremos a sentir ansiedade e achando que nunca nada é suficiente.
Um parênteses pra dar um exemplo de que tudo o que nos é imposto, acatamos sem no questionarmos. Os áudios em velocidade 1,5 e 2 agora no Whats app vão deixar as pessoas ainda mais ansiosas. Estamos nos acostumando muito mal.
Imagine você super acostumado a ouvir as pessoas assim, e nos encontros ao vivo acha que será como? Você está se condicionando a ser cada vez menos paciente. Não é porque existe que você precisa acatar a idéia para sua vida. Não é porque decretaram o fim do uso da máscara, que você precisa tirar a sua. Não seja um maria vai com as outras, ou um fantoche. Faça o que acha que é o certo, mesmo que o certo de outras pessoas seja muito diferente do certo pra você. Não é porque liberaram carnaval na pandemia, que você precisa garantir seu lugarzinho na pipoca do trio da Ivete. O que você realmente pensa sobre isso? Não é só porque liberaram por exemplo de comermos carne de cachorro aqui no Brasil que vou acatar essa idéia, percebe?
Eu sei que os meus exemplos foram óbvios demais, e no fundo muitos padrões que estamos acatando são imperceptíveis, pois já estamos acostumados. Por isso questione, observe, pesquise. Sinta com o seu coração se você acha certo ou não. Não importa que a maioria esteja fazendo.
Enquanto não questionarmos e continuarmos a viver como sempre vivemos, da forma que vivemos, continuaremos a sentir ansiedade e achando que nunca nada é suficiente. Será que não é suficiente ou você esta enxergando com o óculos de insuficiente? E se mudarmos os óculos ao invés de destruirmos tudo? E se reconstruirmos ao invés de destruirmos? E se ao invés de descartarmos algo ou alguém, aprendermos a reconstruir, já que a natureza humana tem uma insatisfação natural? E se pararmos de lutar contra?
Nós precisamos de muito pouco pra vivermos. Fazemos parte da natureza. E a natureza é simples. E também precisa de muito pouco pra viver. Somos natureza, naturais. Então porque não apenas respiramos e nos abrimos pra enxergar as coisas como elas são? Dessa forma a gente aprende a respeitar o ciclo natural de cada coisa.
Queremos luxo muitas vezes para nos sentimos importantes e isso é um padrão alimentado por uma sociedade a séculos, mas no fundo gostamos e nos sentimos muito mais confortáveis com o simples.
Quanto mais você se dá, mais alto será o seu custo de vida e maior será o seu padrão de felicidade. E quando nos lembramos de que o ser humano se acostuma com tudo, o que acontece?
Você se acostuma com esse alto padrão, e então fica cada vez mais difícil de ser feliz.
Mas isso só acontece quando estamos totalmente desconectados de nós mesmos.
Ter tudo o que se quer, no momento em que se quer, faz a vida perder a graça. O sentido da vida está principalmente no construir as coisas.
Quando você se conectar com a sua essência, a sua respiração, a água, um lugar quentinho, e amor serão suficientes.
Falei tudo isso pra te mostrar que nós construímos um padrão muito alto de felicidade, e isso está nos custando muito caro. Está custando a nossa paz, a nossa felicidade. Está nos deixando ansiosos demais. É difícil manter esse alto padrão.
Você pode continuar vivendo alienado ou finalmente apertar o botão de despertar. Não será fácil, tá? Mas, eu te garanto que você não vai se arrepender. Muitos te verão como chatos, mas quem precisa te enxergar com bons olhos, vai te enxergar e vai vir contigo, ou pelo menos te apoiar.
Voce seguirá com menos pessoas talvez, não terá tantos seguidores, não será um líder talvez, ou talvez sim, mas seguirá vivendo uma vida mais digna, com mais paz, alegria. Uma vida de verdade.
É importante fazer essa lista e sempre ter acesso a ela. Coloque-a num lugar que você consiga enxergar sempre. Eu gosto de deixar na geladeira, pois quando chega o meu dia de fazer algo comigo mesma, sempre vou dar uma olhadinha pra me lembrar as atividades que anotei num momento em que eu estava relaxada e conectada com o meu lado criativo. As vezes, olho para aquela lista e nada me anima. É claro. Sempre ficamos pensando que temos coisas mais importantes a serem feitas. Mas, aprendi a dizer pra mim mesma: Hei, Bruna, nada é mais importante do que você estar bem. E aí volto o meu foco para o meu bem estar. É impressionante como sempre temos tempo pro trabalho, para os outros, para ajudar pessoas, fazer os exercícios da academia, bater papo com os amigos, dormir, comer, enfim. Mas, esquecemos do mais importante, que é fazer uma atividade que nos faça muito bem. Qual foi a ultima vez que você se sentiu muito feliz? E se a partir de agora, em tudo o que você fosse fazer, pudesse coloc...

Comentários
Postar um comentário